História

A LAMPANTANA confecionada com carne de ovelha, assada em caçoila de barro, no forno de lenha onde se cose o pão, e servida com batata “fardada” e grelos a acompanhar, é, desde tempos imemoriais, uma das especialidades gastronómicas do Concelho de Mortágua.

lampantana 172aDos inúmeros rebanhos de gado que outrora pastavam pelas abundantes encostas de urze do concelho de Mortágua terá surgido o ingrediente fundamental à qualidade deste prato forte e suculento que em dias de festa era, e continua a ser, rei à mesa, por Terras de Mortágua.

A existência de depósitos de barro vermelho, na zona da Gândara, levaram ao surgimento de olarias artesanais nesta localidade, onde se fabricava as caçoilas utilizadas na confeção deste prato.

Embora desconhecendo com rigor a origem desta iguaria, são várias as histórias que guardamos das anteriores gerações e que a procuram explicar. Conta-se que, aquando da passagem das tropas napoleónicas pela região, as populações teriam, estrategicamente, envenenado as águas. Como era preciso cozinhar a carne, teria sido utilizado, como recurso, o vinho. Da aliança entre estes dois ingredientes terá resultado este prato de excelência, cujo segredo na confeção e no tempero foi sabiamente guardado e perpetuado até nós.

lampantana 155aA “Lampantana” casa bem com Vinho do Dão, sempre tinto, constituindo o complemento para uma refeição completa.

Como sobremesa aconselhamos o arroz doce, o típico Bolo de Cornos.

Foi constituída em 2018 a Confraria da Lampantana, associação sem fins lucrativos que tem a responsabilidade de organizar a realização de eventos, encontros gastronómicos, ou apoiar iniciativas, que contribuam para promover este ex-libris da gastronomia de Mortágua.